3.16.2012

ENTREVISTA COM SOBRINHO SIMÕES

Entrevista com o Prof. Doutor Sobrinho Simões - de Laetitea



Emergidas da minha participação à luz de uma série de colóquios anteriores assegurados pelo IPATIMUP, em conjunto com a Fundação Gulbenkian e o apoio da Porto Editora em 2005, a minha profunda admiração e simpatia pelo Prof. Doutor Sobrinho Simões são, desde então, também elas indubitavelmente bem patentes. Destacando esta aproximação, eis algumas respostas gentilmente fornecidas pelo Director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto - IPATIMUP - no âmbito do recente encontro relacionado com o artigo anterior «O Cancro em 2012»:




Qual o balanço que faz do encontro?
Gostei muito porque representa um esforço de ligação entre os cientistas e os clínicos. Em Portugal é difícil juntar estes dois mundos porque existe uma enorme fragmentação. Mas graças ao entusiasmo e à força de vontade da profª Paula Chaves foi possível ter um anfiteatro cheio, com presenças de ambos os lados, incluindo pessoas que começam a fazer a ponte entre estes dois universos.

Qual a importância deste tipo de evento?
Estes encontros são fundamentalmente facilitadores, isto é, aproximam as pessoas. Ninguém vem para aprender ou ensinar nada, mas sim para traçar caminhos comuns. E, neste caso, foram muito interessantes os exemplos positivos das intervenções do Grupo de Investigação Clínica, representado pela Profª Maria Gomes da Silva, e do Grupo de Investigação Básica, representado pelo Prof. Sérgio Dias.

Falou na sua intervenção que a investigação vive uma mudança..
Sim, sem dúvida. Durante muito tempo pensámos que íamos descobrir a cura do cancro a partir de experiências só de laboratório. Mas actualmente deixámos de partir das culturas de células e dos animais de experiência, para partirmos dos docentes. Quis enfatizar que devemos partir da clínica e dos problemas reais dos clínicos porque se não houver uma pergunta ninguém obtém nenhuma resposta. E, neste contexto, o IPO de Lisboa apresenta uma riqueza única para quem quer fazer investigação em ciências da saúde. Não só porque diariamente surgem novas questões e desafios em quantidades abundantes como também, graças ao Dr. Francisco Gentil, há muitos anos que o IPO de Lisboa tem registos detalhados e prolongados dos seus doentes. O Instituto sempre fidelizou e registou os seus doentes, o que resulta num manancial extraordinário - de material humano e de patologia humana registada e seguida no tempo.


Assunto a ser oportunamente desenvolvido nos meios apropriados

3.15.2012

O CANCRO EM 2012

Encontro consagrado à investigação em Oncologia 2012. Exclusivo de Laetitea


Ao longo dos anos, devido a circunstâncias profissionais, a minha aproximação ao «reinado neoplásico» tem vindo a granjear uma dinâmica cada vez mais vincada. Considero que esta matéria já faz parte da minha sina e tenho um sentimento de pertença. Pelo que, o privilégio de ter sido convidada a assistir - e participar - num encontro consagrado à investigação em Oncologia, cujo objectivo centralizou-se num auspicioso espaço de discussão destinado aos especialistas, muito me honrou.

Presidida pela Directora do Centro de Investigação do IPO de Lisboa, Profª Doutora Paula Chaves, a sessão, que não se revelou demasiado sucinta nem excessivamente extensa e especializada, contou com a participação do investigador e Director do IPATIMUP, Prof. Doutor Sobrinho Simões, a Profª Doutora Maria Gomes da Silva (Directora do laboratório de Hemato-Oncologia) e o Doutor Sérgio Dias (Director da Unidade de Investigação de Patologia Molecular), entre muitos outros reputados nomes implicados sob essa valência do foro clínico e científico.

Ao espírito que presidiu a este evento, corresponderam o desafio e a tão desejada eficácia nos fins a atingir. A investigação em Medicina começa pela formulação de uma questão “médica” para o esclarecimento da qual os médicos têm de procurar conjugar esforços com gente da ciência básica, de modo a encontrarem, em conjunto, os mecanismos necessários à obtenção de uma resposta. Difícil de prever é, com certeza, uma estimativa para a cura do cancro. Por último, julgo, na verdade, que essa «lacuna» obtém uma clara resposta na prevenção. Cancro e cura convivem num sincronismo evolutivo. Ao facilitar-se a formação de responsáveis, nomeadamente de professores visando as camadas mais novas, através de uma informação coerente que, no nosso meio, só obtém impulsão com recurso a material “submersivo“, discriminado e honesto, estamos a cercar a doença. Para um melhor combate, quando o cancro é enfrentado, este deve ter sido previsto!

Laetitea



Entrevista exclusiva com o Director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Prof. Doutor Sobrinho Simões


Clique aqui para aceder à entrevista exclusiva com o Director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Prof. Doutor Sobrinho Simões, acerca deste evento.