Bom dia a todo(a)s!
Dei de caras com este artigo pela madrugada e não posso deixar passar desta vez. Prometo linguagem acessível e descontraida para começar o dia.
Antes de mais, permitam-me retalhar esta «novela Cipriano» em capítulos ordenados. A nossa Justiça está a sofrer algumas tonturas, certo, até aí estamos a martelar na mesma bigorna! Mas começamos pela opinião pública, que é a que mais me suscita uma analise imediata. Eu explico : Alguém quis saber se a mioleira de um pai, seja ele fulano ou bal(tazar)trano, procurou reconhecer seja quem fosse e com o que fosse na altura certa, antes de conferir louvores às fardas alheias?? Eu também acho que uma farda fica a "matar", mas não me deixo matar por ela. Este é outro caso, mas já la vamos ao nosso. Hoje o que está a dar é desencadear "novelas" através de descontentamentos imediatos e cegos assinados em gazolineiras ou pizzarias.. Qualquer dia somos confrontados com folhetos (baixo-assinados) no verso de rótulos no detergente da loiça ou graxa de sapatos! Mas afinal para que servem as magistraturas e restante elenco se no fim de contas trata-se de um " você decide " de foice em punho??? Se interpretam esta minha missiva como um acto solidarista perante os procedimentos extraidos do CPP, CPC, CP.. etc, ou de um bibelot representativo que se vé no privilégio de enfeitar a mesma estante.. leiam o que se segue s.f.f.
"Ai Nossa Senhora! que aquela ..(censurado)... tem de pagar forte e feio pelo crime praticado contra a própria filha!!" e/ou "Ai meu Deus! coitadinha dela que isso não se faz! esses polícias são todos um bando de ..(censurado aqui também) !!" Conclusão e moral desta animada "Saga Cipriano".. trata-se de opinar conforme o episódio em curso, influenciados pelas circunstâncias económicas actuais e seguramente sustentados pelas manchetes dos diários e/ou semanários! Agora vejamos a situação à lupa, com alguma calma e, sobretudo, com autonomia: A Senhora Cipriano foi acusada de que afinal de contas?! Porque não meditar sobre esta sombria novela, começando pelas primeiras páginas do seu guião?! A referida pena de 16 anos deve-se à prática de crimes (conjungidos). Leonor é acusada e dada como culpada, apesar de esta proclamar inocência. Não foi revelada (publicamente) nenhuma prova factual que justificasse à sentenciada pena. Aqui já ninguêm necessita saber de nada, o português comum encontra-se perfeitamente esclarecido (...). Agora quanto a agressões alegadamente infligidas à respectiva senhora, conforme declarações da mesma, alto e pára o carrossel!!! aí sim "ela fala verdade e tem toda a razão!!!" e não foi preciso envolver nenhum polígrafo ao palpite! Apesar de esta já não se recordar de quem foi, nem como foi(?), "vamos já arrumar com aqueles investigadores falhados que só envergonham a aplicação correcta do nosso sistema processual!!"
Vejamos agora a sério, aqui que ninguém nos lé (...), afinal, quem é que, lá no fundo, se quer ver livre daqueles (ex-)técnicos relacionados com horrorosos actos dignos de Guantánamo e/ou Cupang e escritores remetidos ao desaparecimento(...) de crianças (britânicas inclusive) e porqué??? Haverá algum "raccord" entre essa miscelânea toda e a alegada vocação pugilista?! Tenho a honra de conhecer pessoalmente alguns destes acusados e vejo-me defraudada e já sem folgo de tanto boiar (à deriva) em pleno "mar das contradições" ! É como se tivesse de atravessar a Mancha a nado para chegar a algum lado..
Estava a bincar.. claro que não há qualquer relacionamento com nada nem ninguém, nem qualquer objectivo de denegrir seja quem for! é pura ficção!
Falando em ficção, retomando a novela, com ou sem os efeitos especiais da caracterização sobre eventuais agressões furtivas aplicadas por guiões segundários, só falta mesmo devolver a liberdade à nossa figura central, Leonor Cipriano, e ao sócio, porque, isso sim todos os telespectadores sabem (dispensando o recurso ao tal artifícios), na ausência de provas, ela, como qualquer outro(a) protagonista de uma "produção de carácter Judicial exemplar, tranparente e coerente", assiste-lhe o direito à liberdade! A menos que lhe seja atribuido o "papel de bom" num argumento muito fraco ou trocado, num folhetim péssimamente dirigido e sem nexo! e com exibição desatrosa, repleta de interferências, desde a sua estreia! Também pode acontecer que o artista tenha problemas de expressão e não consiga interpretar o seu texto (de bonzinho) como deve ser e... comprometendo as deixas do restante elenco e/ou o êxito de uma super-produção, os colegas (com papeis de vilões) acabam por perder a paciência e a cabeça! Quem entra numa fita destas, vé-se forçado(a) ao harmonioso trabalho de grupo..
Pronto, tinha mesmo de soltar isto.
O julgamento prossegue amanhã às 09:00